Quantas vezes já paramos em uma esquina, em uma praça, ou em frente a uma grande porta antiga e ficamos ali admirando aquela cena à nossa frente?
Às vezes estamos com os amigos ou os parentes, olhamos para eles e percebemos como são importantes. E ao olhá-los pensamos: uau.. como são bonitos!
Nesses momentos, com certeza, gostaríamos de fazer os registros e guardá-los. E para isso bastaria que pudéssemos fotografá-los.
Vivi isso inúmeras vezes. Lembro de quase todas as cenas importantes que presenciei. As festas, os passeios, os encontros, posso lembrar quase tudo. Mesmo sem ter fotografado.
Consigo ainda recordar muitas cores, muitos objetos, as paisagens, os rostos, mas alguns detalhes já me faltam depois de alguns anos.
E aí as coisas começaram a mudar. Uma peça fundamental entrou em cena: a câmera fotográfica. Uma ferramenta que proporcionou a criação de um arquivo detalhado e fiel, de todas as imagens ao redor. Talvez assim não me esquecesse de mais nada. Tudo que via ficaria guardado.
Mas não foi do equipamento que veio a maior mudança. Foi algo incrível. Algo inesperado.
Percebi que não via o mundo de uma forma intensa, verdadeira. Percebi com aquela câmera que olhava, mas não enxergava as pessoas, as plantas, os objetos, as paisagens, tudo, com todo seu maior potencial e ficou claro que essa era a minha vida antes da fotografia.
Tudo mudou. Hoje, antes de olhar pelo visor da câmera, já consigo perceber todas as imagens ao meu redor. Já faço a composição e o enquadramento do assunto que desejo registrar, mesmo antes de posicionar a câmera.
Hoje eu vejo as possibilidades, enxergo as belezas e acumulo as ideias sempre que começo um ensaio fotográfico. Mesmo sem tocar na câmera. Eu fotografo primeiro com os olhos e a mente.
E se isso é possível é graças aos inúmeros clicks fotográficos que tenho feito nos últimos anos. É difícil de acreditar? Também duvidei no início. Mas agora posso afirmar com toda a certeza: a visão que desenvolvemos através da fotografia é extremamente mais complexa e mais detalhista que o olhar normal de qualquer pessoa que não se aventurou com uma câmera fotográfica.
E o mundo então fica tão maravilhoso. São tantas possibilidades. São tantos desafios. É uma nova vida. Uma forma mais garantida e mais satisfatória de capturar os melhores ângulos, os melhores momentos. Imagens mais criativas, mais iluminadas, mais nítidas e mais sucesso nos resultados.
Como fotógrafo tenho aprimorado cada vez mais as habilidades de olhar o mundo como se os meus olhos fossem minha câmera. E gosto de pensar que posso proporcionar aos meus clientes uma melhor experiência fotográfica com essa vivência.
E digo com toda franqueza: olho ao redor e vejo hoje como as coisas da vida são muito mais belas. Bem diferentes de quando era a minha vida antes da fotografia.
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